Dentre os réus, estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, todos atualmente detidos. Além destes, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, responderá apenas por organização criminosa, sendo acusado de fornecer a arma utilizada no crime.
Com a decisão do STF, os acusados serão alvo de uma ação penal, onde terão a oportunidade de se defender e apresentar argumentos. Não há um prazo determinado para o julgamento, que seguirá com a oitiva de testemunhas e a análise das provas apresentadas. O voto do relator Alexandre de Moraes foi determinante para a decisão, com base em fortes indícios corroborando depoimentos da delação de Ronnie Lessa.
Durante o julgamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manteve a denúncia contra os acusados, reforçando as acusações contra os irmãos Brazão, apontando que eles integravam uma organização criminosa com conexões com milícias atuantes no Rio de Janeiro. Segundo a PGR, o assassinato de Marielle teria sido motivado pela resistência da vereadora e do PSol em aprovar projetos de regularização de terras geridas pelo grupo.
A defesa dos réus, por sua vez, rejeitou as acusações feitas pela PGR, alegando falta de provas contundentes para incriminá-los. O processo seguirá em curso, com o desenrolar das investigações e a busca pela verdade sobre um dos crimes mais chocantes da recente história do Brasil.