JUSTIÇA – Ministro Nunes Marques do STF prorroga prazo para Minas Gerais negociar adesão ao Regime de Recuperação Fiscal com a União



O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão crucial para o estado de Minas Gerais, prorrogando por 120 dias o prazo para a negociação da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) junto à União. Essa extensão do prazo foi necessária, uma vez que a data-limite inicial para a adesão ao RRF era 20 de dezembro, mas agora foi prorrogada para 20 de abril. O pedido de prorrogação foi feito pelo governador mineiro, Romeu Zema, e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB), e foi atendido pelo ministro Marques.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também manifestou apoio à medida, o que contribuiu para a decisão do ministro. A dívida de Minas Gerais com a União atinge a marca de R$ 160 bilhões, tornando ainda mais crucial a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Este programa permitiria o parcelamento da dívida em troca de medidas de equilíbrio das contas locais, o que inclui a possibilidade de privatização de estatais, entre outras ações.

No entanto, o processo de adesão ao RRF não tem sido fácil para o estado. Em julho do ano passado, o Tesouro Nacional autorizou a adesão de Minas ao regime, mas desde então, o governo tem enfrentado desafios para obter a aprovação necessária para a implementação do programa. O projeto de lei enviado pelo governo mineiro, que prevê cortes no orçamento, enfrenta resistências no Legislativo, apesar de ter sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da assembleia.

Além disso, o governo de Minas Gerais está em discussões com o Ministério da Economia e o Tesouro Nacional sobre alternativas para a adesão ao RRF, incluindo a possibilidade de federalização de estatais mineiras, como a Cemig, empresa local de geração e distribuição de energia.

Nesse contexto, a decisão do ministro Nunes Marques representa um desdobramento importante nesse processo, aliviando a pressão do prazo e permitindo maior espaço para as negociações entre o estado de Minas Gerais e a União. A prorrogação do prazo, embora necessário, reflete a complexidade das questões envolvidas e a importância do tema para a situação financeira do estado.

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