Em uma postagem nas redes sociais, o ministro revelou que a quantia recebida não será aproveitada como uma compensação pessoal, mas sim doada, reiterando que a prioridade é o reconhecimento da responsabilidade do hospital na morte de seu filho. Dino expressou esperança de que essa decisão judicial possa contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo hospital, que, segundo ele, falhou em seus deveres de cuidado.
A mensagem emocionada do ministro também incluiu uma homenagem a Marcelo, lembrando que, se estivesse vivo, ele completaria 27 anos. Ele homenageou os amigos do jovem, que, assim como ele, ainda lamentam a perda. Flávio Dino compartilhou memórias de como Marcelo era vibrante, praticando esportes, amando a escola e tendo uma relação especial com seu cachorro e sua guitarra, que agora se encontra silenciosa em sua casa.
Além de relatar sua dor pessoal, o ministro fez críticas ao sistema hospitalar, apontando que muitos estabelecimentos priorizam a estética de suas instalações em detrimento da capacitação de seus profissionais e do respeito aos pacientes. Dino incentivou outras famílias que enfrentam situações similares de negligência médica a buscarem seus direitos por meio da justiça, enfatizando que, embora não traga alívio para sua própria dor, a ação judicial pode impedir que outros passem por experiências traumáticas semelhantes.
O caso de Marcelo começou com sua internação no Hospital Santa Lúcia em 13 de fevereiro de 2012. Ele foi rapidamente encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde a equipe médica tentou estabilizá-lo. No entanto, relatos indicaram que a falta de acompanhamento adequado contribuiu para a sua morte no dia seguinte. Flávio Dino e Deane Fonseca alegaram negligência por parte da equipe médica, incluindo a ausência da médica responsável no momento crítico. Embora algumas integrantes da equipe tenham enfrentado investigação criminal por homicídio culposo, acabaram sendo absolvidas por falta de provas.
Essa história trágica ilustra questões profundas dentro do sistema de saúde, gerando um debate sobre a responsabilidade dos hospitais e a qualidade do atendimento à saúde no Brasil.