JUSTIÇA – Ministro Fachin retoma análise de crimes da ditadura militar: processos sobre ex-agentes estatais serão tramitados no STF.



O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão importante nesta terça-feira (18) ao aceitar a tramitação de dois processos que envolvem a responsabilidade de ex-agentes estatais por crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil. Com essa decisão, os recursos do Ministério Público Federal (MPF) que questionavam a decisão da Justiça de arquivar denúncias contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e os delegados Dirceu Gavina e Aparecido Laertes Calandra pela morte do militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Carlos Nicolau Danielli em 1972, voltarão a tramitar.

As acusações contra os agentes foram rejeitadas com base na Lei da Anistia, mas agora terão a oportunidade de serem reavaliadas pelo STF. Além disso, a decisão de Fachin também permitirá a retomada da tramitação do recurso que pede a condenação de policiais e médicos legistas pela morte do militante e operário Joaquim Alencar Seixas em 1971.

O ministro justificou sua decisão afirmando que a responsabilidade pelos crimes cometidos durante a ditadura será novamente analisada pela Corte, principalmente em relação à aplicação da Convenção Americana de Direitos Humanos no ordenamento jurídico brasileiro. Essa medida vem em um momento em que o STF já sinalizou que a Lei de Anistia pode voltar a ser julgada, depois de ter sido validada pela Corte em 2010.

Com essa retomada dos processos, a justiça brasileira pode finalmente responsabilizar aqueles que cometeram crimes durante um dos períodos mais sombrios da história do país. A decisão de Fachin é um passo importante para garantir a justiça e a verdade sobre os acontecimentos ocorridos durante a ditadura militar no Brasil.

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