O caso remonta a 2009, quando o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, José Guilherme Villela, sua esposa, Maria Carvalho Villela, e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, foram brutalmente assassinados em seu apartamento na quadra 113 da Asa Sul, em Brasília. Adriana Villela, filha do casal, foi apontada como a mandante do crime, enquanto a execução, segundo a justiça, foi realizada por um ex-porteiro do prédio, um sobrinho e outro comparsa.
No decorrer do julgamento, que envolve no banco dos réus tanto a defesa de Adriana quanto um pedido do Ministério Público pela determinação imediata da prisão da arquiteta, Reis Júnior argumentou que a anulação da condenação se faz necessária devido à falta de acesso da defesa a depoimentos extrajudiciais que implicavam Adriana na autoria dos homicídios. O ministro enfatizou que garantir acesso às provas é essencial para assegurar o direito ao contraditório e a ampla defesa, permitindo que a defesa desempenhe seu papel de maneira eficaz.
Atualmente, o placar do julgamento está empatado em 1 a 1. O relator do caso, ministro Rogério Schietti, já havia votado a favor da prisão imediata de Adriana, antes que o processo fosse interrompido pela solicitação de vista de Sebastião Reis. A condenação de Adriana, que ocorreu em 2019 pelo Tribunal do Júri de Brasília, resultou em uma pena total de 61 anos de prisão, mas desde então, ela recorre em liberdade, aguardando o desfecho desse complexo caso judicial.