Ao analisar a situação, o ministro Belizze considerou que a competência para avaliar e julgar a condenação seria da Justiça comum, o que levou à suspensão provisória do processo até que o STJ emita uma decisão final sobre o assunto. A controvérsia em torno deste caso especificamente complexo envolvendo a morte de um menino de 5 anos gerou debates sobre a necessidade de se estabelecer claramente a competência dos tribunais em situações dessa natureza.
A tragédia que culminou na morte de Miguel Otávio ocorreu em 2 de junho de 2020, quando a mãe do garoto, Mirtes Renata de Souza, o levou para o trabalho na residência do ex-prefeito de Tamandaré. A patroa, Sari Corte Real, solicitou que Mirtes passeasse com o cachorro da família e, deixando o menino sozinho no apartamento, acabou permitindo que ele entrasse no elevador, onde ocorreu o acidente fatal que chocou o país.
A decisão do ministro Belizze provocou novas discussões sobre a responsabilidade dos envolvidos no caso e sobre a busca por justiça em situações tão sensíveis. A família de Miguel Otávio ainda não se pronunciou publicamente sobre a decisão do STJ, mas a expectativa é de que novos desdobramentos ocorram à medida que o processo avance.