Carla Zambelli se tornou ré no STF em agosto de 2023, após um incidente em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo pelas ruas de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. O ministro Flávio Dino ressaltou a gravidade do ato ao declarar seu voto, citando que é inadmissível um representante político ameaçar de forma tão séria um cidadão, colocando sua vida em risco de forma objetiva.
Faltam ainda sete ministros votarem no plenário virtual até o dia 28 de março. Caso a deputada seja condenada, ela deverá cumprir cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto. O advogado de defesa de Zambelli, Daniel Bialski, declarou que houve cerceamento de defesa, alegando que a defesa foi impedida de fazer sustentação oral no julgamento. Segundo ele, esse direito não pode ser substituído por um vídeo enviado, uma vez que não há certeza de visualização pelos julgadores.
O caso segue em análise no STF, com a expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias. A condenação de uma parlamentar por crimes como porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo chama a atenção para a importância do cumprimento da lei por parte de representantes políticos, que devem dar exemplo à sociedade.