JUSTIÇA – Ministro do STF suspende novo julgamento dos acusados pelo incêndio da Boate Kiss, marcado para fevereiro de 2024.



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu suspender o novo julgamento dos acusados pelo incêndio da Boate Kiss, que estava agendado para o dia 26 de fevereiro de 2024. A decisão foi baseada em um recurso apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, que argumentou que um novo júri poderia resultar em um “tumulto processual” devido aos recursos pendentes de julgamento.

Segundo Toffoli, a realização de um novo julgamento poderia provocar a prolação de decisões divergentes, tornando o processo ainda mais demorado, traumático e oneroso, em razão de possíveis incidentes. Por esse motivo, o ministro determinou a suspensão do novo julgamento até que os recursos extraordinários apresentados sejam julgados pela Corte Suprema.

A decisão de marcar um novo julgamento havia sido tomada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter a anulação da condenação de dois sócios da boate e de integrantes da banda Gurizada Fandangueira. Com a decisão do STJ, as condenações dos ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, bem como do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha, permaneceram anuladas.

Os advogados dos quatro acusados alegaram que o júri que resultou nas condenações foi repleto de nulidades e defenderam a manutenção da decisão que anulou as condenações. Entre as ilegalidades apontadas pelos advogados, estão a realização de uma reunião reservada entre o juiz e o conselho de sentença, sem a presença do Ministério Público e das defesas, e o sorteio de jurados fora do prazo legal.

Vale lembrar que o incêndio na Boate Kiss ocorreu em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, causando a morte de 242 pessoas e deixando mais de 600 feridos. A tragédia ainda ressoa e é alvo de um longo processo na justiça, buscando justiça para as vítimas e suas famílias. A suspensão do novo julgamento evidencia as complexidades e desafios enfrentados no âmbito judicial para lidar com casos de grande repercussão como este.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo