O caso em questão remonta a uma transmissão ao vivo realizada por Bolsonaro em agosto de 2021, onde ele divulgou informações sobre um inquérito da PF que investiga a invasão aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018. Na ocasião, Bolsonaro compartilhou a íntegra do inquérito em suas redes sociais, afirmando que a investigação não estava sob sigilo.
A defesa de Bolsonaro recorreu ao STF com o intuito de manter o parecer da ex-vice-procuradora Lindôra Araújo, que recomendou o arquivamento da investigação. Além disso, a defesa solicitou acesso à delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
Em agosto de 2022, o parecer de Lindôra recomendando o arquivamento automático do caso foi contrariado por Moraes, que determinou novas diligências. No julgamento virtual desta sexta-feira, o ministro rejeitou o recurso de Bolsonaro alegando razões processuais, destacando a falta do envio do relatório completo do caso pela PF.
Com o voto de Moraes, o julgamento virtual está previsto para encerrar na próxima sexta-feira (18), aguardando os votos dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. A decisão final sobre o arquivamento ou continuidade do inquérito que envolve o ex-presidente Bolsonaro está cercada de expectativa e promete movimentar ainda mais os bastidores políticos.