Os acusados – George Washington de Oliveira Souza, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza – foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por diversos crimes, que incluem associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado à segurança de transporte aéreo. Essa denúncia foi fundamentada em detalhes que indicam um plano articulado para provocar uma crise política e social no Brasil, um projeto que, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, faz parte de uma estratégia mais ampla que já resultou em condenações de várias pessoas, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro, identificado como um dos líderes desse complô.
Os três homens já haviam sido condenados pela Justiça do Distrito Federal por crimes vinculados ao atentado. Eles enfrentam charges por explosão, incêndio criminoso e posse irregular de arma de fogo, entre outros delitos. Atualmente, encontram-se sob prisão preventiva, uma decisão de Moraes que visa proteger a ordem pública, dada a gravidade dos atos em questão. O ministro ressaltou que as ações dos acusados representavam uma grave ameaça, potencializando a possibilidade de uma catástrofe coletiva.
O julgamento sobre a aceitação ou não da nova denúncia está previsto para ocorrer em sessão virtual na Primeira Turma do STF, na qual os demais ministros – Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin – têm até o dia 19 de dezembro para apresentar seus votos.
Investigações indicam que George Washington, originário do Estado do Pará, deslocou-se a Brasília para se juntar a manifestações em apoio a Bolsonaro. Ele se uniu a Alan e Wellington em um acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, onde, conforme relatos policiais, orquestraram o atentado. Inicialmente, o plano era atacar uma instalação elétrica, mas ao final decidiram utilizar um caminhão de querosene estacionado nas proximidades do aeroporto como alvo do explosivo. George Washington foi identificado como o responsável pela confecção da bomba, que, por ironia do destino, falhou em detonar. Sua prisão ocorreu ainda no dia do ataque, evidenciando a urgência das ações das autoridades.
A defesa dos acusados ainda não foi contatada para comentar o caso, que continua a ser acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades judiciais.










