Paulo Gonet, indicado pelo presidente Lula da Silva e empossado no final do ano passado, sucedeu Augusto Aras, nomeado por Bolsonaro. A investigação teve origem a partir das acusações feitas por Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, que ao deixar o cargo, afirmou que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal ao exonerar o diretor Maurício Valeixo, indicado por Moro.
Em março de 2022, a Polícia Federal concluiu que não houve interferência por parte do ex-presidente na instituição e, portanto, também recomendou o arquivamento do caso. Segundo o relatório, durante os quase dois anos de investigação, foram ouvidas dezoito pessoas, realizadas perícias, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos, porém nenhuma prova consistente de crime foi encontrada.
Após analisar o posicionamento de Paulo Gonet, Alexandre de Moraes irá decidir sobre o futuro do inquérito contra Bolsonaro. A decisão final sobre o arquivamento ou continuidade das investigações caberá ao magistrado do STF, que terá em mãos os argumentos da PGR e demais elementos reunidos ao longo do processo. A expectativa é que a conclusão do caso traga novos desdobramentos e reflexos políticos no cenário nacional, considerando a relevância dos envolvidos e a repercussão do tema na sociedade brasileira.