JUSTIÇA – Ministro do STF mantém prisão de hacker Delgatti e nega progressão para regime semiaberto; conduta considerada “gravíssima” impediu mudança.

No último sábado, o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a liderança do ministro Alexandre de Moraes, decidiu pela manutenção da prisão do hacker Walter Delgatti. O indivíduo foi condenado a uma pena de oito anos e três meses por sua participação na invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa decisão é um reflexo da gravidade das condutas ilícitas que Delgatti praticou.

A defesa do hacker havia solicitado a progressão de seu regime de pena para o semiaberto, que permitiria que ele saísse durante o dia para trabalhar ou estudar, no entanto, o pedido foi negado. Moraes argumentou que não havia novos elementos que justificassem tal mudança, ressaltando a seriedade das ações cometidas por Delgatti, que incluem a inserção de um mandado de prisão falso contra o próprio ministro nos sistemas do CNJ em janeiro de 2023. Essa invasão não apenas comprometeu a integridade das instituições judiciais, mas também teve por objetivo desmoralizá-las, fomentando um clima de desconfiança em relação à Justiça brasileira.

Além de Delgatti, a deputada licenciada Carla Zambelli, considerada uma das mentoras do crime, também foi condenada, recebendo uma pena de dez anos. Vale destacar que a deputada fugiu para a Itália antes do julgamento e atualmente é considerada foragida, tendo sido incluída na lista de difusão vermelha da Interpol. O governo brasileiro já iniciou um processo de extradição para tentar trazê-la de volta ao país para que responda por suas ações.

A invasão ao CNJ e as consequências que dela decorreram evidenciam os desafios que o sistema judicial enfrenta em tempos de crescente cibercriminalidade. O caso de Walter Delgatti não é um incidente isolado; ele se insere em um contexto mais amplo de ataques à democracia e às instituições. O STF, ao manter a prisão e negar a progressão de regime, envia uma mensagem clara sobre a importância de reprimir essas condutas e proteger a integridade do Judiciário. O desenrolar deste caso promete continuar gerando debates sobre segurança cibernética e a responsabilidade de figuras públicas em questões legais.

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