No mês de maio deste ano, a PGR apresentou a denúncia contra Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil do estado, Rivaldo Barbosa, pelos crimes de homicídio e organização criminosa. A procuradoria afirma que o assassinato foi encomendado pelos irmãos Brazão, com o objetivo de proteger interesses econômicos de milícias e intimidar a oposição política representada por Marielle, filiada ao Psol. A principal evidência apresentada é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter sido o executor dos homicídios.
A defesa dos acusados teve a oportunidade de se manifestar antes da liberação da denúncia para julgamento. Os advogados de Domingos Brasão pediram a rejeição da acusação por falta de provas, argumentando que a presença do deputado Chiquinho Brazão nas investigações retira a competência do Supremo Tribunal Federal de julgar o caso. Já a defesa de Chiquinho Brazão afirmou que as acusações não têm relação com seu mandato parlamentar e que não há evidências de envolvimento dos irmãos com ocupação ilegal de terrenos no Rio de Janeiro.
É importante ressaltar que a liberação da denúncia para julgamento representa um avanço significativo nas investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, um caso que chocou o país e que ainda busca por respostas claras e justiça. O desenrolar do julgamento será acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades, na expectativa de que a verdade seja finalmente esclarecida e os responsáveis sejam devidamente punidos.