JUSTIÇA – Ministro do STF investiga visitas irregulares a presos do Inquérito do Golpe no Exército; Generais têm 24h para esclarecer.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tomou uma decisão importante nesta semana, ao determinar que o Exército esclareça os motivos pelos quais presos do chamado Inquérito do Golpe estão recebendo visitas sem autorização. A ação foi divulgada recentemente e levantou questionamentos sobre os procedimentos adotados pela instituição.

As visitas em questão envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima. Essas figuras importantes nas Forças Armadas estão atualmente detidas nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP), após terem sido presas no Rio de Janeiro e transferidas para Brasília no mês passado.

A determinação de Moraes foi clara: os responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto devem enviar explicações detalhadas sobre as visitas no prazo de 24 horas. O ministro cobrou esclarecimentos sobre o suposto desrespeito ao regulamento de visitas, que prevê autorização para visitas diárias.

“Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas”, determinou Moraes.

Essa medida tomada pelo ministro do STF coloca em destaque a importância da transparência e do cumprimento das normas internas, mesmo em situações delicadas como a atual. A sociedade aguarda ansiosa por esclarecimentos e por garantias de que as instituições estão agindo de acordo com a lei.