Entre as condições determinadas por Moraes estão o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento semanal em juízo, proibição de se ausentar do Distrito Federal e a proibição de se comunicar com os demais investigados, além da proibição de utilizar as redes sociais. O coronel teve seu porte de armas cancelado e era suspeito de participar de atos preparatórios para um golpe de Estado com o objetivo de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Segundo informações da Polícia Federal, Câmara teria monitorado o próprio ministro Moraes como parte de um suposto plano de golpe, trabalhando em coordenação estreita com o ex-presidente Bolsonaro. A defesa do coronel sempre negou qualquer participação em tramas golpistas.
A decisão de soltura de Câmara foi baseada no parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou que o grupo criminoso investigado já estava desarticulado e que a liberação do coronel não representava uma ameaça para as investigações em curso. A Agência Brasil está tentando contato com a defesa de Câmara para obter mais informações.
Além da soltura de Câmara, Moraes também determinou a liberação do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, acusado de omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Com isso, a antiga cúpula da PMDF que estava presa por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes agora está em liberdade.