JUSTIÇA – Ministro do STF determina soltura de coronel suspeito de trama golpista e impõe medidas restritivas em decisão polêmica.



Na noite de quinta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro e suspeito de participar de uma trama golpista. Câmara havia sido preso no Setor Militar Urbano (SMU), na capital federal, e agora, após a decisão do ministro, terá que cumprir algumas medidas cautelares.

Entre as condições determinadas por Moraes estão o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento semanal em juízo, proibição de se ausentar do Distrito Federal e a proibição de se comunicar com os demais investigados, além da proibição de utilizar as redes sociais. O coronel teve seu porte de armas cancelado e era suspeito de participar de atos preparatórios para um golpe de Estado com o objetivo de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Segundo informações da Polícia Federal, Câmara teria monitorado o próprio ministro Moraes como parte de um suposto plano de golpe, trabalhando em coordenação estreita com o ex-presidente Bolsonaro. A defesa do coronel sempre negou qualquer participação em tramas golpistas.

A decisão de soltura de Câmara foi baseada no parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou que o grupo criminoso investigado já estava desarticulado e que a liberação do coronel não representava uma ameaça para as investigações em curso. A Agência Brasil está tentando contato com a defesa de Câmara para obter mais informações.

Além da soltura de Câmara, Moraes também determinou a liberação do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, acusado de omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Com isso, a antiga cúpula da PMDF que estava presa por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes agora está em liberdade.

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