A decisão do ministro se baseou em informações da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, que indicaram que a bateria do dispositivo de rastreamento estava descarregada desde o dia 2 de julho. Além disso, a tornozeleira tinha sido rompida em 1º de julho, o que gerou a alerta para as autoridades.
Diego Dias Ventura já possui um histórico judicial que o envolve diretamente nos eventos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Neste processo, ele foi condenado pelo STF a 14 anos de prisão e, além disso, responsabilizado pelo pagamento solidário de R$ 30 milhões, valor que deve ser destinado a reparação dos danos gerados pelas depredações ocorridas naquele dia. Antes de sua condenação, Diego havia sido preso durante as investigações, mas posteriormente recebeu a possibilidade de responder ao processo em liberdade.
As acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o papel de Diego no movimento golpista são contundentes. Ele é descrito como um dos coordenadores da logística por trás do acampamento e envolvido diretamente nos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes. No entanto, a defesa de Ventura tentou inverter a narrativa ao argumentar que ele apenas participou de uma manifestação pacífica e negou qualquer ligação com os atos violentos que ocorreram.
Com sua nova fuga da Justiça, as autoridades permanecem atentas aos próximos passos desse caso que continua a gerar repercussão, ressaltando questões importantes sobre a segurança e a aplicação da lei em contextos de instabilidade política. A situação de Diego Dias Ventura destaca a complexidade dos processos legais envolvendo líderes de movimentos considerados golpistas no Brasil, colocando à prova a integridade do sistema judicial em tempos turbulentos.