JUSTIÇA – Ministro do STF determina apreensão de celular de ex-assessor investigado em inquérito sobre vazamento de informações sigilosas.



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão polêmica esta semana ao determinar a apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro no setor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pelo monitoramento de desinformação nas redes sociais. A medida foi cumprida pela Polícia Federal (PF) após Tagliaferro prestar depoimento aos delegados que conduzem o inquérito sobre o vazamento das conversas que embasaram reportagens do jornal Folha de S. Paulo.

Tagliaferro, que já foi responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) durante a gestão de Moraes, se recusou a entregar o aparelho, o que gerou ainda mais suspeitas e tensões no ambiente político. As acusações envolvendo o ministro giram em torno do uso de “formas não oficiais” para direcionar investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, época em que Moraes presidia o TSE. O ministro se defendeu alegando que todos os procedimentos foram oficiais e regulares.

A PF, por determinação de Alexandre de Moraes, investiga o vazamento das conversas entre Tagliaferro e Airton Vieira, juiz auxiliar do ministro, sendo que Tagliaferro era responsável pela produção dos relatórios. O ex-assessor já havia sido preso por violência doméstica no ano passado e, posteriormente, foi demitido pelo próprio ministro.

A decisão de Moraes de apreender o celular de Tagliaferro foi justificada pelo interesse público e pela necessidade de averiguar vazamentos de informações sigilosas. A defesa de Tagliaferro argumenta que ele está na condição de testemunha e que a apreensão do celular é uma medida abusiva e excessiva.

O caso continua gerando polêmica e promete trazer mais desdobramentos nos próximos dias, com a opinião pública dividida sobre a atuação do ministro e as investigações em curso. A transparência e a imparcialidade nas investigações serão fundamentais para esclarecer os fatos e restabelecer a confiança da população nas instituições.

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