Além da medida de bloqueio financeiro, os agentes da PF cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo Salvador e nas cidades baianas de Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Mata de São João, além de operarem em Petrolina, Pernambuco, e Brasília. O objetivo da operação, em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, é desarticular uma organização criminosa suspeita de diversificadas ações ilícitas, como fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
As investigações apontam que havia manipulação de processos licitatórios em Campo Formoso, especificamente para desviar recursos de emendas que deveriam beneficiar o município e, ainda, para pagar propinas. A PF revelou que os envolvidos tentaram obstruir o andamento das investigações, tornando a situação ainda mais complexa.
Os alvos desta fase da operação estão sendo investigados por uma série de crimes, como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Entre os suspeitos, familiares do deputado federal Elmar Nascimento, do União-BA, estão sob investigação, incluindo Elmo Nascimento, atual prefeito de Campo Formoso, e o vereador Francisco Nascimento, primo do deputado.
Francisco já havia sido preso em uma etapa anterior da Operação Overclean, ocorrida em dezembro de 2024, quando tentou despistar os agentes da PF ao jogar pela janela uma sacola com mais de R$ 200 mil em dinheiro vivo.
Outro nome que ganha destaque nesta fase é Marcelo Moreira, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que também está sendo investigado. A situação continua a se desenvolver, e a Agência Brasil está aberta a declarações dos envolvidos, incluindo o deputado Elmar Nascimento e outros citados na operação.
