A transferência para Brasília implicará em novas condições para os acusados, que ficarão presos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP). Eles terão permissão para receber visitas de suas esposas, filhos e advogados, porém todas as outras visitas precisarão ser autorizadas previamente pelo ministro Alexandre de Moraes.
O general Mário Fernandes é um dos indiciados pela Polícia Federal no inquérito do golpe, enquanto o major Rodrigo Bezerra continua sendo investigado e não foi indiciado até o momento. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo do inquérito que envolve Jair Bolsonaro e outros acusados de tentativa de golpe, enviando o processo para a Procuradoria-Geral da República.
Agora, caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se irá denunciar o ex-presidente e os demais acusados ao Supremo pelos crimes apontados pela investigação da Polícia Federal. Devido ao recesso de fim de ano no STF, a eventual denúncia só deverá ser enviada à Corte em 2025, uma vez que o período de recesso vai do dia 20 de dezembro até 1° de fevereiro do próximo ano.
Essa transferência dos militares e os desdobramentos da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro continuam sendo acompanhados de perto pela sociedade e pelos órgãos competentes, em busca de esclarecimentos e da justiça adequada.