A solicitação para incluir Tarcísio na investigação partiu da bancada feminina do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo, partido este que figura como oposição ao governador. Contudo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se posicionou contrário ao pedido, opinando pela rejeição da mesma.
Com base no parecer da Procuradoria-Geral da República, Alexandre de Moraes decidiu acatar a manifestação e determinar o arquivamento da investigação. Em sua decisão, o ministro destacou: “Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e defiro o arquivamento desta investigação”.
A motivação para o pedido de investigação do PSOL se deu a partir de um relatório da Polícia Federal que apontava a presença de Tarcísio no Palácio da Alvorada em 19 de novembro de 2022, mesma data em que teria ocorrido uma reunião para discutir a “minuta do golpe” que visava impedir a posse do então presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República argumentou que a presença de Tarcísio no Alvorada já era de conhecimento de Moraes e que o PSOL não apresentou nenhum fato novo que corroborasse a participação do governador na reunião mencionada, tampouco evidências de seu envolvimento em uma possível tentativa de golpe.
Diante disso, o arquivamento do pedido de investigação contra Tarcísio de Freitas representa um desfecho importante nesse capítulo da política brasileira, reforçando a importância da análise criteriosa dos fatos antes de se tomar decisões que possam influenciar o cenário político do país.