JUSTIÇA – Ministro da Justiça pede investigação da Polícia Federal sobre rede de distribuição de metanol após intoxicações e mortes em São Paulo.

Na última terça-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou a solicitação para que a Polícia Federal inicie um inquérito investigativo sobre a origem e a possível rede de distribuição de metanol, substância responsável pela intoxicação de ao menos dez pessoas no estado de São Paulo, após consumirem bebidas adulteradas. Esse surto de contaminação, que se intensificou nos últimos meses, já resultou na morte de três indivíduos desde o início de setembro.

Durante uma coletiva de imprensa, Lewandowski destacou que, apesar de as ocorrências estarem inicialmente concentradas em São Paulo, há indícios de que haja uma forma de distribuição que extrapola os limites estaduais. “Essa situação, por transgredir fronteiras de um único estado, envolve a competência da Polícia Federal”, acrescentou o ministro, ressaltando a seriedade da investigação que se inicia.

Além da atuação na esfera criminal, Lewandowski também anunciou que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) dará início a um inquérito administrativo para monitorar esses incidentes e averiguar quais direitos dos consumidores estão sendo afetados. O ministro enfatizou que a adulteração de produtos é um crime previsto no Código Penal e que a venda de produtos adulterados infringe a legislação do Código do Consumidor.

O governo paulista confirmou que, desde junho deste ano, foram identificados seis casos de intoxicação por metanol com suspeita de envolvimento de bebidas fraudulentas. Atualmente, dez casos estão sendo investigados, sendo três deles fatais: um homem de 58 anos em São Bernardo do Campo, um de 54 anos na capital e outro de 45 anos, cuja residência ainda não foi identificada.

Lewandowski reafirmou a determinação de agir de maneira enérgica para identificar a origem dessas bebidas perigosas e restringir a sua distribuição, uma vez que representam um grave risco à saúde pública. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com o Ministério da Saúde”, finalizou o ministro, sinalizando a urgência da situação e a necessidade de ações contundentes.

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