Além disso, o Corregedor sugeriu a criação de um grupo de trabalho (GT) composto por instituições do poder executivo para analisar a situação dos depósitos judiciais. O ministro informou que será feita uma consulta aos órgãos do poder executivo para avaliar a viabilidade de constituir o GT.
Essa medida vem após a divulgação do relatório parcial de inspeção realizada pelo CNJ na 13ª Vara Federal em Curitiba, que apontou irregularidades na homologação dos acordos. Segundo o relatório, esses acordos eram homologados pela vara sem a apresentação de todos os documentos necessários, como a descrição das circunstâncias da celebração e as discussões entre as partes envolvidas.
A investigação proposta tem o objetivo de esclarecer as suspeitas de irregularidades nos acordos de delação e leniência da Lava Jato. Tem sido questionada a forma como esses acordos são conduzidos e homologados, colocando em dúvida a transparência e a legalidade dos processos. A investigação da Polícia Federal buscará identificar a origem dos recursos envolvidos, assim como o destino dado a eles.
Essa movimentação do CNJ em solicitar a investigação e propor a criação de um grupo de trabalho demonstra a preocupação em garantir a lisura e a eficiência dos processos que envolvem acordos de delação e leniência. É fundamental que sejam esclarecidas quaisquer suspeitas de irregularidades, a fim de preservar a credibilidade da Operação Lava Jato e garantir a justa aplicação da lei.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enfatiza a importância de seguir o imperativo legal e encaminhar qualquer documento com indícios de crime para a polícia judiciária. Através dessa solicitação, espera-se que a Polícia Federal realize uma investigação completa e rigorosa, de forma a esclarecer todas as questões relacionadas aos acordos de delação e leniência da Lava Jato.