Somadas, as três terras indígenas abrigam 1.250 indígenas de seis etnias diferentes, como Borari, Arapium, Jaraqui, Tapajó, Apiaká, Munduruku, e até mesmo povos isolados. A extensão total das áreas ultrapassa 1 milhão de hectares, representando um vasto território de importância histórica e cultural para as comunidades indígenas.
A Terra Indígena Apiaká do Pontal e Isolados, localizada em Apiacás, Mato Grosso, abrange um território de 982.324 hectares e é considerada em regime de dupla proteção, já que está completamente sobreposta ao Parque Nacional do Juruena. Estima-se que cerca de 250 indígenas habitam a área, incluindo um grupo isolado.
Enquanto isso, as terras indígenas Maró e Cobra Grande, em Santarém, Pará, são palco de ocupações tradicionais dos povos Tapajó, Jaraqui e Arapium. Com tamanho estimado em 42.373 hectares, a Terra Indígena Maró têm sido alvo de crimes ambientais e ameaças às lideranças locais. Já a Terra Indígena Cobra Grande, com aproximadamente 600 indígenas e 8.906 hectares, é reconhecida pela sua importância tanto para a preservação ambiental quanto para a ocupação por populações tradicionais.
A decisão final sobre a demarcação das terras indígenas cabe ao presidente da República, que terá a responsabilidade de decidir, através de decreto, sobre a concessão definitiva da titularidade das terras às comunidades indígenas. O objetivo é garantir a proteção e o respeito aos povos originários e suas tradições milenares.