Uma das principais medidas estruturais tomadas na Penitenciária de Mossoró é a construção de uma muralha, iniciada em janeiro deste ano, com um investimento de cerca de R$ 28,6 milhões. Esta obra tem previsão de conclusão entre 12 e 18 meses. Além disso, outras medidas de segurança estão sendo implementadas, como a eliminação de pontos cegos na iluminação e a instalação de grades que bloqueiam o acesso direto ao telhado por dentro da unidade.
Na parte de tecnologia e monitoramento, foram investidos R$ 530 mil em equipamentos eletrônicos, incluindo câmeras de alta qualidade, drones, porteiros eletrônicos, dentre outros. Também houve a aquisição de novos sistemas de identificação facial e scanners de inspeção por raio-X. Além disso, o quantitativo de servidores foi reforçado, com a maioria sendo policiais penais federais.
Após a fuga dos detentos, foram realizadas investigações internas, resultando na suspensão de chefes de plantão e na abertura de procedimentos administrativos disciplinares contra servidores envolvidos. Não foram encontradas evidências de participação de terceiros, servidores ou colaboradores no incidente.
O ministro Ricardo Lewandowski reforçou que o episódio da fuga dos detentos em Mossoró foi isolado e que medidas estão sendo tomadas para evitar que isso se repita no futuro. Além disso, está prevista a construção de muralhas em outras penitenciárias federais, reforçando a segurança e a ordem nas unidades prisionais. O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, destacou a importância das muralhas como um fator dissuasório contra tentativas de resgate e outras ações semelhantes.
Dessa forma, o Ministério da Justiça segue empenhado em fortalecer o sistema penitenciário e garantir a segurança de servidores e detentos, mantendo a ordem e a dignidade no cumprimento das penas pela Constituição.