Durante uma coletiva de imprensa na sede do ministério em Brasília, Lewandowski destacou a seriedade dos fatos, que não só colocam em risco as instituições republicanas, mas também a vida dos cidadãos brasileiros. A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal, está inserida em uma investigação mais ampla sobre ações golpistas de apoiadores e ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro.
O plano arquitetado pelos presos envolvia não apenas o assassinato do presidente e do vice, mas também do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações por tentativa de golpe que culminaram nos atos antidemocráticos de janeiro de 2023. Os presos são militares altamente especializados e um agente da PF, todos suspeitos de planejar e executar as ações violentas.
Lewandowski revelou que conversou com o presidente Lula sobre a investigação e destacou a surpresa e indignação do mandatário diante da dimensão do golpe planejado. Além disso, mencionou que as evidências indicam que os suspeitos estiveram muito próximos de concretizar seus intentos criminosos, incluindo a vigilância das imediações do apartamento funcional de Moraes.
O ministro da Justiça também abordou a gravidade do envolvimento de agentes de segurança do Estado em ações que visam desestabilizar as instituições democráticas. Ele ressaltou a surpresa e a decepção da Polícia Federal diante da participação de um de seus agentes no plano. As investigações continuam em andamento, e há indícios de envolvimento de aliados diretos do ex-presidente Bolsonaro. Portanto, a apuração desses fatos é crucial para a manutenção do Estado de Direito no país.