No entanto, a decisão de Moraes não contempla o envio de delações premiadas à CGU, justificando que seria prematuro devido à pendência de finalização das diligências. O pedido de acesso às investigações foi feito pela CGU, que pretende apurar a conduta de servidores públicos envolvidos nos fatos investigados.
Essa autorização para compartilhamento das investigações com a CGU marca um avanço significativo nas apurações sobre o ex-presidente e seus aliados, visto que permitirá que o órgão tenha acesso a informações detalhadas que poderão subsidiar investigações internas e ações de controle e fiscalização.
Essa decisão de Moraes ocorre em meio a um contexto de intensa polarização política no país, com o ex-presidente Bolsonaro sendo alvo de diversas investigações e enfrentando acusações relacionadas a atos de corrupção, abuso de poder e ameaças à democracia. A autorização para o compartilhamento das investigações com a CGU pode contribuir para o aprofundamento das investigações e o fortalecimento das ações de controle e fiscalização no âmbito do governo federal.
Diante disso, a decisão do ministro Moraes representa mais um capítulo na complexa trama política que envolve o ex-presidente e seus aliados, evidenciando a importância do papel das instituições de controle e fiscalização na garantia da transparência e da lisura das ações do Estado. A sociedade aguarda com expectativa os desdobramentos dessas investigações e as possíveis consequências que poderão surgir a partir do acesso da CGU às informações sobre as investigações em andamento.