Moraes, que se tornou relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, também chamada de ADPF das Favelas, está investigando os desdobramentos dessa operação após a aposentadoria do ex-ministro Luiz Roberto Barroso. Esta ação busca estabelecer diretrizes que visam reduzir a letalidade das operações policiais no Rio, um tema extremamente relevante em um contexto marcado por violência e desigualdade.
Em sua agenda matutina, o ministro se encontrou com o governador Cláudio Castro e membros da cúpula da Segurança Pública, em um local que centraliza o comando e controle das ações policiais. Apesar da importância das discussões, nada foi comentado à imprensa após os encontros, indicando a seriedade e a sensibilidade do tema em pauta.
Dentro da programação da tarde, Moraes tem reuniões agendadas com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, o defensor público geral, Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Essas conversas são parte de um esforço mais amplo para entender as circunstâncias e os impactos da Operação Contenção, além de buscar soluções que possam mitigar a letalidade da ação policial nas favelas.
Vale mencionar que apenas enquanto um novo ministro não assumir a posição deixada por Barroso, Moraes continuará à frente da ADPF. No domingo, o ministro já havia tomado medidas cautelares, ordenando a preservação “rigorosa e integral” de todos os elementos materiais relacionados à operação, evidenciando a gravidade da situação e a necessidade de transparência e justiça. Em um estado onde a violência policial é constantemente debatida, a atuação de Moraes poderá ser um divisor de águas nas políticas de segurança pública.
 
 








