A confirmação do monitoramento foi revelada em um dos vídeos da delação, cujo sigilo foi retirado após a Procuradoria-Geral da República denunciar Bolsonaro e mais 33 investigados no inquérito do golpe. Nas imagens, Moraes questionou Mauro Cid sobre as ações realizadas para monitorá-lo, e o tenente-coronel admitiu que cumpriu as ordens do ex-presidente.
Cid relatou que solicitou ao coronel Câmara, um dos denunciados, a obtenção de informações sobre Moraes, mas desconhecia o contato do oficial. O ministro, por sua vez, confirmou a identificação do juiz responsável pelo monitoramento, cujo nome ainda não foi divulgado.
Além disso, a retirada do sigilo dos depoimentos escritos também revelou que Bolsonaro estava ciente e concordou com o planejamento e a execução de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Moraes. Segundo o procurador-geral da República, o plano intitulado “Punhal Verde Amarelo” foi arquitetado e levado ao conhecimento do então presidente da República.
Diante de todas essas revelações, o caso vem despertando grande repercussão e levantando discussões sobre a postura do governo e a integridade das instituições no Brasil. A investigação continua em andamento, e mais detalhes sobre o monitoramento de Moraes e os desdobramentos do escândalo político devem surgir nos próximos dias.