JUSTIÇA – Ministro Alexandre de Moraes esclarece reuniões com presidente do Banco Central sobre Lei Magnitsky após reportagens que sugerem outros assuntos em pauta.

Na última terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se pronunciou sobre as reuniões que manteve com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Moraes enfatizou que esses encontros tinham como foco principal a discussão da Lei Magnitsky, um instrumento jurídico dos Estados Unidos aplicado contra ele, e não outros assuntos, como havia sido reportado recentemente por um meio de comunicação.

O esclarecimento de Moraes veio à tona após a publicação de uma matéria que insinuava que o ministro teria defendido a aquisição do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB) durante as reuniões com Galípolo. Essa operação, porém, ocorreu em um contexto turbulento; no mês passado, o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master, levantando suspeitas de fraude. Esta investigação culminou na prisão do banqueiro Daniel Vorcaro, um dos sócios da instituição financeira. No entanto, Vorcaro conseguiu um habeas corpus e atualmente responde às acusações em liberdade.

Ademais, o escritório de advocacia Barci de Moraes, que pertence à família do ministro, prestou serviços ao Banco Master antes da liquidação, levantando questões sobre a relação entre as partes envolvidas. Moraes, em sua nota à imprensa, destacou que, além de Galípolo, teve diálogos com representantes de diversos bancos, como Itaú e Bradesco, assim como autoridades da Confederação Nacional das Instituições Financeiras. O objetivo dessas reuniões era abordar as implicações ressalvadas pela Lei Magnitsky, particularmente no que diz respeito à movimentação bancária e ao acesso a serviços financeiros.

O Banco Central corroborou a afirmação do ministro, garantindo que as discussões orbitavam em torno das consequências da referida lei. Em uma virada significativa, no dia 12 deste mês, o governo norte-americano anunciou a revogação das sanções impostas ao ministro, sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e à empresa Lex – Instituto de Estudos Jurídicos, uma entidade ligada à família do magistrado. Essas sanções haviam sido estabelecidas durante a administração de Donald Trump, em resposta à atuação de Moraes nos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um defensor ardoroso de Trump.

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