JUSTIÇA – Ministra do TST determina que grevistas dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade e impõe multa por descumprimento.

Na última sexta-feira, 19 de outubro, a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), proferiu uma decisão que impacta diretamente a greve dos trabalhadores dos Correios, iniciada na terça-feira, 16 de outubro. A ministra determinou que, durante o período de paralisação, os funcionários deverão manter 80% do efetivo operando, uma medida considerada crucial para garantir a continuidade dos serviços postais, considerados essenciais.

A decisão foi tomada a partir de um pedido da empresa estatal em resposta à greve promovida por diversos sindicatos que representam os funcionários. Para coibir possíveis descumprimentos à medida, a ministra estipulou uma multa diária de R$ 100 mil por sindicato que não seguir as diretrizes estabelecidas.

A greve abrange nove estados do Brasil, incluindo Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O movimento tem como objetivo principal discutir a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, que inclui reivindicações de reajuste salarial e soluções efetivas para a crise financeira enfrentada pela empresa.

A atual situação dos Correios é delicada, uma vez que a estatal precisa buscar um empréstimo no valor de R$ 12 bilhões, com garantias do Tesouro Nacional, para cobrir os prejuízos recentes e reestruturar suas operações. Em meio a essas tensões, a ministra Arruda destacou que a greve chegou a ser deflagrada em um momento em que existe um dissídio coletivo em tramitação no TST, o que complica ainda mais o cenário.

Em contrapartida, a estatal informou que todas as agências permanecem abertas e que foram adotadas diversas medidas de contingência para minimizar os impactos da greve sobre a população. O intuito é assegurar que os serviços postais continuem a ser prestados com a melhor qualidade possível, apesar das dificuldades enfrentadas neste contexto de mobilização da categoria. A situação continua em desenvolvimento e será acompanhada de perto pelas partes envolvidas, incluindo a Justiça e os sindicatos.

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