Convocada para palestrar em um evento organizado pela Comissão de Ética Pública sobre “Gestão Pública – Prevenção ao Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação”, a ministra encontrou resistência na entrada do auditório, levando a Cármen Lúcia a descrever a situação como um tratamento indigno. Para conseguir acessar o local e realizar sua apresentação, Vera Lúcia teve que recorrer a intervenções que garantissem seu ingresso.
A presidente do TSE, em sua fala, não hesitou em caracterizar o ocorrido como um ato de racismo, enfatizando a gravidade da situação. “Racismo é crime, e qualquer forma de discriminação é inconstitucional e imoral”, declarou. Cármen Lúcia também expressou sua indignação ao afirmar que todos os brasileiros deveriam se sentir ofendidos por um episódio dessa natureza que, além de manchar a imagem da Justiça Eleitoral, reflete uma triste realidade da sociedade.
Ainda durante a sessão, Cármen Lúcia informou que enviou um ofício à Comissão de Ética para documentar o incidente de maneira formal. Ela comunicou que a discriminação enfrentada por Vera Lúcia poderia ser considerada um crime, exigindo uma resposta adequada por parte das autoridades competentes.
O seminário ocorreu no auditório do Centro Empresarial da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que abriga diversos órgãos, incluindo a Advocacia-Geral da União (AGU). Em resposta ao ocorrido, a AGU emitiu um comunicado esclarecendo que a entrada no edifício é controlada por funcionários terceirizados, uma situação que complicou a gestão do incidente.
O órgão tomou a iniciativa de abrir um procedimento administrativo e notificar a empresa responsável pela administração do prédio, solicitando a preservação de qualquer imagem ou prova que pudesse esclarecer o que ocorreu. O intuito é garantir que tais episódios não voltem a se repetir, demonstrando um compromisso com a justiça e a dignidade de todos.