O habeas corpus que concedeu a prisão domiciliar a Guaranho foi emitido pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), por considerar os problemas de saúde do condenado e a necessidade de tratamento médico das lesões provocadas pelos tiros que sofreu no dia do crime. A defesa argumentou que ele deve permanecer em prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica.
No entanto, o Ministério Público contesta essa decisão e apresentou um recurso à Primeira Câmara Criminal nesta segunda-feira (17). Os promotores alegam que Guaranho possui um “alto grau de belicosidade” e que a decisão do Tribunal do Júri deve ser respeitada, mantendo-o em prisão. Além disso, afirmam que o tratamento médico necessário pode ser realizado dentro do estabelecimento prisional.
O crime pelo qual Guaranho foi condenado ocorreu em julho de 2022, durante uma festa de aniversário do ex-tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. O ex-policial penal provocou Arruda com questões políticas, o que levou a uma discussão e troca de tiros que resultou na morte do guarda municipal. Após se recuperar dos ferimentos, Guaranho foi preso e denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras de produção de perigo e motivo fútil.
Agora, cabe à Justiça decidir se Guaranho permanecerá em prisão domiciliar ou voltará para a prisão para cumprir integralmente sua pena. O desfecho desse caso polêmico envolvendo um ex-policial penal e um ex-tesoureiro do PT certamente continuará sendo acompanhado de perto pela sociedade paranaense.