As acusações que pairam sobre essas figuras políticas incluem irregularidades em folhas de pagamento tanto do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Fundação Ceperj) quanto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) no ano de 2022. Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ), o pedido também inclui a inelegibilidade de Castro e Bacellar por oito anos a partir das eleições de 2022.
O extenso documento de 117 páginas elaborado pela Procuradoria aponta para o uso eleitoral da máquina pública e de servidores temporários como cabos eleitorais da chapa de Castro e de políticos aliados ao governo. Os procuradores Neide Cardoso de Oliveira e Flávio Paixão alegam que houve uma clara manipulação dos recursos públicos para promover as candidaturas e garantir a vitória nas urnas, privilegiando interesses pessoais em detrimento do coletivo.
Além disso, as investigações revelaram que projetos da Fundação Ceperj e Uerj foram utilizados para recrutar eleitores em favor dos candidatos nas eleições de 2022. A solicitação de inelegibilidade se estende a outros seis investigados, entre eles deputados estaduais e federais, bem como gestores públicos.
Em meio às acusações, a defesa do governador afirmou que ele tem colaborado com as investigações e que não há elementos concretos que sustentem as denúncias contra ele. Já o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, contestou as acusações feitas com base em matérias jornalísticas, alegando a falta de provas concretas contra sua conduta.
O desdobramento dessas acusações e a possibilidade de cassação de autoridades eleitas refletem a importância do combate à corrupção e ao abuso de poder, garantindo assim a integridade do sistema democrático. Ainda se aguarda por mais informações e esclarecimentos por parte dos envolvidos para que a verdade venha à tona.