A médica foi contratada por Adjane para realizar uma lipoaspiração em 11 de agosto de 2020. Mesmo com sangramento e anemia, a paciente recebeu alta no dia seguinte. Porém, devido às fortes dores, ela foi levada para um hospital, onde foi constatado que apresentava perfuração do intestino grosso e delgado, além de pancreatite aguda. A direção do hospital informou aos familiares que o óbito ocorreu por erro médico.
Ao enviar a denúncia e o pedido de prisão para a 2ª Vara Criminal da Capital, o promotor ressaltou a gravidade dos casos anteriores envolvendo a médica, onde sua atuação profissional resultou na morte de duas pacientes. Dessa forma, o promotor justifica a necessidade de manter Eliana presa, considerando o risco que ela representa caso permaneça em liberdade.
Além do caso de Adjane, Eliana também é acusada da morte da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira, de 41 anos, após passar por um procedimento estético em junho deste ano. Ingrid faleceu horas depois de realizar uma abdominoplastia. A paciente foi socorrida pelo Samu, mas não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital. Quando familiares chegaram à clínica, ela já estava morta.
A médica foi ouvida pela polícia, porém, foi liberada logo em seguida. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica orienta que procedimentos desse tipo sejam realizados em hospitais, que possuem um suporte adequado para casos mais graves. A abdominoplastia é uma cirurgia plástica que consiste na remoção de gordura e pele em excesso na região do abdômen.
Diante dessa grave situação, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro reforça a importância de fiscalizar e regulamentar o exercício da medicina estética, visando a segurança dos pacientes e evitando casos trágicos como esses. É fundamental que os profissionais da área sejam responsáveis e estejam devidamente capacitados para exercerem suas funções, garantindo assim a integridade física e a vida de quem busca por procedimentos estéticos.