Atualmente, não há um prazo definido para que a Justiça italiana tome uma decisão sobre a questão. O caso de Zambelli ganhou destaque após seu envolvimento em um esquema de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que resultou em uma condenação de 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. Em julho deste ano, a deputada foi detida em Roma, onde fugiu em busca de asilo político, após uma ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes.
A investigação revela que Zambelli foi a suposta autora intelectual da invasão, com o intuito de gerar um mandado de prisão falso contra o ministro do STF. O hackeamento, conforme apurado, foi realizado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter atuado sob as ordens da parlamentar.
Após deixar o Brasil, o governo brasileiro prontamente acionou as autoridades italianas para solicitar a extradição de Zambelli. O pedido formal chegou às mãos do governo italiano através do Itamaraty, e foi oficializado pelo STF em 11 de junho. Essa situação não apenas coloca em evidência os desdobramentos legais enfrentados pela deputada, mas também a complexidade envolvendo a extradição, que depende do sistema judiciário da Itália.
Além das questões legais internacionais, a deputada enfrenta, no âmbito da Câmara dos Deputados, um processo de cassação de seu mandato. A somatória dos eventos e as ações que estão em curso refletem períodos turbulentos na política brasileira e as altas tensões dentro do legislativo, onde as repercussões de atos de deputados têm ganhado destaque e gerado debates acalorados entre os parlamentares.
Aguardamos agora o desfecho das decisões judiciais e a resposta das autoridades italianas frente a essa solicitação. O futuro de Carla Zambelli, tanto em termos legais quanto políticos, continua a ser uma questão delicada e cercada de controvérsias.