JUSTIÇA – Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, é preso por descumprir medida cautelar e interagir com Mauro Cid em redes sociais, alerta Moraes sobre obstrução judicial.



A Polícia Federal (PF) confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, será mantido preso nas dependências do Batalhão de Polícia do Exército, localizado em Brasília. Câmara, que é coronel do Exército, teve sua prisão decretada na quarta-feira, dia 18, por Moraes, após descumprir uma medida cautelar que proibia o uso de redes sociais, tanto por ele quanto por terceiros.

A prisão foi efetivada por volta das 16h50 na residência do coronel, situada em Sobradinho, no Distrito Federal. A determinação do ministro ocorreu em um contexto onde a cautelar imposta visava preservar a integridade das investigações em andamento. O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, havia informado ao Supremo um episódio em que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o contatou por meio de redes sociais, violando assim a proibição. Este contato levou Kuntz a solicitar a anulação da delação de Cid, um pedido que revelou a gravidade da situação e a preocupação em relação à obstrução das investigações.

Na sua decisão, Moraes não hesitou em classificar a conduta do advogado como uma “transgressão ilicitamente das obrigações legais”, destacando a seriedade do que poderia ser interpretado como uma tentativa de obstruir as investigações relacionadas a uma trama golpista. O ministro também deu seguimento à questão ao determinar a abertura de um inquérito para investigar tanto o advogado quanto seu cliente. Marcelo Câmara é um dos réus associados ao que se denomina “Núcleo 2” da referida trama, grupo que é acusado de planejar ações que visavam manter Bolsonaro no poder de forma ilegítima durante o ano de 2022.

A situação é emblemática e reflete a tensão atual entre os desdobramentos jurídicos e políticos no país, trazendo à tona várias questões sobre a integridade do processo democrático e a luta contra práticas ilícitas. A prisão de Câmara e as complicações legais envolvendo advogados e delatores evidenciam um cenário complexo, onde a Justiça busca garantir a responsabilização de todos os envolvidos em tentativas de subverter a ordem democrática.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo