Justiça marca julgamento de réus acusados de matar congolês em quiosque na Barra da Tijuca para o próximo dia 13.

No próximo dia 13 de outubro, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) irá realizar o julgamento de dois réus acusados de matar o congolês Moïse Kabagambe. O crime ocorreu em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 24 de janeiro de 2022, por volta de 21h30.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), a família de Moïse alega que o motivo do assassinato foi uma cobrança feita pela vítima por um pagamento atrasado. O caso teve grande repercussão na época, levantando discussões sobre a segurança e a xenofobia no Brasil.

Moïse, que veio ao Brasil aos 11 anos para fugir de uma guerra no Congo, foi morto aos 25 anos. Ele trabalhava como garçom em um quiosque na praia da Barra e foi brutalmente espancado até a morte, após uma discussão que teria se iniciado por conta de uma dívida.

Os réus Fabio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca respondem por homicídio qualificado, enquanto Brendon Alexander Luiz também é acusado do crime, mas ainda não teve o julgamento marcado. Segundo a denúncia do MP-RJ, o crime foi cometido com crueldade, tratando Moïse como um “animal peçonhento” e impossibilitando sua defesa.

Durante as agressões, Moïse foi imobilizado, teve os pés e as mãos amarrados e foi espancado com um taco de beisebol, socos, chutes e tapas. O crime foi classificado como motivado por uma discussão fútil e utilizado recurso que impediu a defesa da vítima.

A expectativa é de que o julgamento traga mais detalhes sobre o caso e permita que a justiça seja feita em relação à morte do jovem congolês, que comoveu a população e chamou a atenção para a violência e o preconceito presentes na sociedade brasileira.

Sair da versão mobile