Hendryll Luiz Rodrigues de Brito Silva, estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrante do Movimento Correnteza, juntamente com o professor Lucas Borges Carvente do Movimento Luta de Classes, foram presos durante um protesto na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) contra a privatização da Sabesp. Após a audiência de custódia, as prisões em flagrante por danos ao patrimônio da Alesp foram convertidas em prisão preventiva, mantendo-os detidos desde então. A defesa dos manifestantes alegava que a prisão era ilegal.
O desembargador responsável pela decisão destacou que ambos são jovens sem histórico criminal, e que não representavam risco à ordem pública, justificando a concessão da liberdade. Além disso, Vivian Mendes da Silva, presidente estadual da organização Unidade Popular, e o metroviário Ricardo Senese, do Movimento Luta de Classes, também foram presos no mesmo protesto, mas já haviam sido liberados provisoriamente.
Em nota, os manifestantes anunciaram que irão se pronunciar em uma entrevista coletiva marcada para esta quarta-feira (13). A prisão dos manifestantes causou repercussão nas redes sociais e movimentos sociais, que se mobilizaram em manifestações de apoio e cobrando a liberdade dos detidos.
O episódio ressalta a importância do direito constitucional de manifestação e o ativismo político, além de destacar o papel do poder judiciário na análise imparcial dos casos. A liberação dos manifestantes representa uma vitória para os movimentos sociais e reforça a relevância da mobilização popular no debate sobre questões sociais e políticas.