JUSTIÇA – Manifestantes contra privatização da Sabesp são encaminhados para audiência de custódia após protesto na Alesp



Na noite de quarta-feira (6), quatro indivíduos foram presos em um protesto contra a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Os manifestantes passaram a noite no 27° Distrito Policial (DP), localizado no Campo Belo, zona sul da capital paulista, e foram encaminhados ao Fórum Criminal da Barra Funda na manhã seguinte. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, três homens e uma mulher foram presos em flagrante por policiais militares sob a acusação de destruir móveis na Alesp e agredir policiais. Eles foram autuados por lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência.

A advogada Raquel Brito, que está acompanhando o caso, classificou a prisão como “injusta” e afirmou que houve ilegalidades na condução das pessoas. Ela demonstrou confiança de que todos os detidos serão liberados durante a audiência de custódia. Enquanto isso, um grupo de manifestantes permaneceu em vigília em frente ao 27º DP em solidariedade aos presos.

O protesto ocorreu em meio à votação do Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo estadual a vender o controle da Sabesp. A votação na Alesp, que resultou em 62 votos favoráveis e um contrário de um total de 94 votos, foi marcada por protestos de trabalhadores da companhia e organizações da sociedade civil contrários à privatização da empresa. Todos os deputados de oposição se retiraram do plenário e não participaram da votação, que chegou a ser suspensa devido a confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar, e a galeria do plenário foi esvaziada.

Os manifestantes contrários à privatização da Sabesp fizeram uma vigília em frente ao 27º DP para protestar contra a prisão do grupo e demonstrar sua oposição à venda do controle da empresa. A situação demonstra a tensão e os embates decorrentes das discussões sobre a privatização de empresas estatais e os protestos relacionados a essas questões em São Paulo.

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