Todos os 11 ministros da Corte foram convocados para o encontro, incluindo o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outros nomes de peso como Gilmar Mendes e Flávio Dino. A presença de figuras importantes, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sublinha a relevância do assunto em pauta.
Essas sanções contra Moraes representam a segunda ação punitiva por parte do governo anterior dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump. Em um comunicado divulgado na terça-feira (30), Lula enfatizou que o Brasil é um país soberano, reafirmando seu compromisso com os direitos humanos e a separação dos Poderes. O presidente argumentou que “é inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”, ressaltando a importância da soberania nacional em um contexto de crescente tensão internacional.
O clima de reverberação no cenário político é palpável, especialmente considerando que, no dia 18 de julho, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia anunciado a revogação dos vistos de Moraes, seus familiares e aliados na Corte. Esse ato ocorreu em meio à abertura de um inquérito por parte de Moraes que investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro pela suposta colaboração com o governo dos Estados Unidos para articular medidas retaliação contra o Brasil e seus ministros.
Eduardo Bolsonaro, que solicitou licença do mandato para residir nos Estados Unidos alegando perseguição política, viu essa situação se agravar com a recente movimentação do STF. A licença parlamentar do deputado terminou recentemente, aumentando ainda mais o clima de tensão e incerteza em torno das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos e a estrutura da Justiça brasileira. O jantar no Alvorada, portanto, não apenas serve como uma demonstração de solidariedade, mas também como um statement político em defesa da independência da Justiça diante de pressões externas.