A nomeação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública havia sido anunciada em 11 de janeiro, com a nomeação oficial publicada no último dia 22. Ele substitui Flávio Dino, que irá ocupar um cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), também por escolha de Lula, confirmada pelo Senado em 2023.
Luiz Inácio Lula da Silva destacou a confiança que deposita em Lewandowski e as expectativas para sua gestão à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O presidente enfatizou a importância de construir parcerias dentro e fora do Brasil para combater a “indústria do crime”.
Ricardo Lewandowski, por sua vez, ressaltou o avanço das organizações criminosas, que agora também se infiltram em órgãos públicos, e defendeu o trabalho de inteligência para identificar líderes e bloquear movimentações financeiras e patrimoniais que alimentam as estruturas do crime organizado.
Ambos os discursos enfatizaram a importância das políticas sociais no combate à violência e criminalidade, destacando a necessidade de políticas públicas que superem a exclusão social e a desigualdade, elementos que alimentam a criminalidade.
A cerimônia contou com a presença de vários líderes e autoridades, incluindo os presidentes do STF e do Congresso Nacional, ministros de Estado e outras autoridades.
Lewandowski, um ex-magistrado que se aposentou do STF em abril de 2023, retornou à advocacia e à carreira acadêmica antes de aceitar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Durante sua passagem pela Suprema Corte, presidiu o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, além de ter sido presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Com a saída de Lewandowski do STF, Lula indicou o advogado Cristiano Zanin para ocupar a vaga. Enquanto o novo ministro do STF, Flávio Dino, assume o lugar da ex-ministra Rosa Weber.
Além disso, Lula também destacou que a abertura do ano judiciário ocorre no plenário do STF no dia da transmissão do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública.