O advogado de Poze do Rodo, Fernando Henrique Cardoso, utilizou a oportunidade para falar sobre os desdobramentos legais da situação. Ele destacou que o mandado de busca e apreensão, que levou a sua prisão, estava restrito à procura de armas de fogo e eletrônicos. Segundo Cardoso, nenhum armamento foi encontrado e os eletrônicos apreendidos foram devolvidos devido à negativa de afastamento do sigilo dos dados. Ele também mencionou que quatro das seis medidas cautelares impostas ao cantor no momento de sua liberação haviam sido revogadas, sinalizando um reconhecimento do Poder Judiciário sobre os procedimentos realizados durante a prisão.
O advogado foi enfático, descrevendo a operação policial como uma “peça teatral de péssimo gosto”, que, segundo ele, expôs abusos de autoridade e desrespeito à privacidade de seu cliente. Cardoso afirmou que a decisão da Justiça, ao devolver os bens apreendidos ilegalmente, demonstra um esforço para corrigir os excessos cometidos pelas autoridades.
No entanto, Poze do Rodo ainda enfrenta investigações relacionadas à apologia ao crime e sua suposta ligação com o tráfico de drogas, especificamente com a facção Comando Vermelho. Sua prisão ocorreu em 29 de maio, quando policiais cumpriram um mandado temporário em sua residência, localizada em um condomínio de luxo na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele foi libertado em 3 de junho, graças a um habeas corpus concedido, porém ainda assim enfrenta restrições, como a obrigação de permanecer à disposição da Justiça e comunicar qualquer mudança de endereço.
O caso de Poze do Rodo expõe as tensões entre celebridades, sistemas judiciais e a luta contra a criminalidade em um cenário onde a fama muitas vezes se entrelaça com investigações de grande repercussão.