A liminar estabelece que a patente, que havia expirado, será renovada por um período de oito anos, cinco meses e um dia. Essa decisão surge após a Justiça reconhecer que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) levou 13 anos para analisar o processo de concessão da patente, uma demora considerada inaceitável pela farmacêutica. Diante dessa situação, o judiciário decidiu reverter o atraso concedendo a extensão do prazo da patente, uma medida que visa compensar o tempo perdido.
Para a Novo Nordisk, essa decisão é emblemática e traz uma importante segurança jurídica em relação aos processos de patentes no Brasil. A empresa afirmou que, sem a garantia de respeito aos direitos de patente e com um exame que ocorra em um tempo razoável, o país corre o risco de atrasar seu acesso a novas tecnologias de saúde. Essa preocupação é pertinente, já que a inovação neste campo muitas vezes depende de um sistema de patentes ágil e eficiente para proteger os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Além disso, a farmacêutica revelou que está buscando um entendimento semelhante para a patente da semaglutida, outro princípio ativo que integra os medicamentos injetáveis Wegovy e Ozempic, também desenvolvidos pela empresa. A continuidade dessa luta pelo direito de patente indica a estratégica abordagem da Novo Nordisk em assegurar sua posição no mercado.
Por fim, cabe ressaltar que essa decisão ainda pode ser contestada, visto que o INPI tem o direito de recorrer da determinação da Justiça Federal. A expectativa agora gira em torno dos próximos passos dessa disputa legal e suas implicações para o acesso a medicamentos e tecnologias inovadoras no Brasil.