Vorcaro e outros sócios do Banco Master são alvos da Operação Compliance Zero, uma investigação da Polícia Federal que visa desmantelar um esquema de concessão de créditos fraudulentos pela instituição. O caso é especialmente grave, pois inclui a tentativa de compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), um banco público vinculado ao governo do Distrito Federal.
Em sua decisão, a desembargadora enfatizou a necessidade de manter a prisão de Vorcaro como uma medida essencial para a preservação da ordem pública e para desarticular a organização criminosa envolvida. A decisão, segundo Solange, é justificada pelo surgimento de um grupo que, ao longo dos anos, estabeleceu uma estrutura sólida e uma capacidade econômica considerável, dedicando-se à prática de delinquências financeiras.
A desembargadora destacou que as fraudes cometidas pelo grupo têm potencial para comprometer a liquidez do BRB, com prejuízos estimados em cerca de R$ 17 bilhões. A investigação revelou um esquema complexo de cessão irregular de carteiras de crédito entre o Banco Master e o BRB, além de indícios de manipulação de ativos e a utilização de empresas fictícias para mascarar a origem de créditos inexistentes.
Após a prisão, os advogados de Vorcaro repudiaram as acusações, afirmando que o banqueiro estava disposto a colaborar com as investigações. Em resposta aos desdobramentos do caso, o BRB anunciou a contratação de uma auditoria externa para investigar as alegações e identificar potenciais falhas em sua governança e controles internos. A situação, que levanta sérias preocupações sobre a saúde do sistema financeiro, continua a ser acompanhada de perto pelas autoridades e pela sociedade.









