As acusações feitas pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu incluem lesão corporal gravíssima, associação criminosa, falsificação de documento particular e falsidade ideológica. Em especial, Jacqueline é acusada de ter assinado um laudo fraudulento.
A audiência de instrução e julgamento está agendada para esta tarde, na 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro. Durante a sessão, serão ouvidas testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e pelos advogados de defesa, além do interrogatório dos réus. Ainda não há previsão para a conclusão do julgamento, que não terá acesso da imprensa.
O caso remonta a outubro do ano passado, quando a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro identificou a infecção por HIV em seis pacientes submetidos a transplantes de órgãos. O laboratório PCS Saleme, responsável pelos exames de sorologia, emitiu laudos fraudulentos que omitiram a presença do vírus nos órgãos de doadores.
Como consequência, o laboratório foi interditado pela Vigilância Sanitária estadual e o contrato com o governo do estado foi rescindido. O escândalo resultou na renúncia da direção da Fundação Saúde e na prisão temporária de cinco pessoas, que foram posteriormente liberadas mediante concessão de habeas corpus.