A denúncia, que partiu do Ministério Público do Rio, revela que os indivíduos investigados exercem funções-chave na hierarquia do tráfico, atuando como gerentes, seguranças armados e vigias dos pontos de venda de entorpecentes. Em meio a este complexo cenário, destaca-se a figura de Álvaro Malaquias Santa Rosa, mais conhecido como “Peixão”, que é considerado um dos líderes mais influentes do narcotráfico no estado do Rio de Janeiro.
As investigações também apontam para um comportamento agressivo por parte do grupo criminoso, que não hesita em realizar ataques audaciosos contra as forças policiais. Os registros incluem agressões a viaturas e tentativas de abate de aeronaves, além de obstáculos físicos, como barricadas, criadas para dificultar a circulação de policiais nas comunidades. O controle social imposto pelo grupo é forte, com práticas como toques de recolher e intolerância religiosa, além do uso de tecnologia avançada, como drones, para monitorar ações da polícia.
Esse tipo de criminalidade não se limita apenas ao Complexo de Israel. As facções em questão têm influência sobre várias comunidades vizinhas, incluindo Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau. Esta disseminação de poder dificulta severamente a atuação das autoridades, que enfrentam um crescente desafio no aliciamento de novos membros para as operações de tráfico.
A ousadia dos envolvidos se estende até mesmo às vias públicas, como a Avenida Brasil, onde ônibus urbanos e intermunicipais se tornaram alvos frequentes de ataques, afetando diretamente a vida de cidadãos que se deslocam para o trabalho. Essa situação alarmante ressalta a necessidade de uma resposta robusta das autoridades para restabelecer a ordem e garantir a segurança da população. O cenário atual exige um esforço contínuo e estruturado para conter a expansão do tráfico e suas implicações nefastas na sociedade carioca.