O pedido para o pagamento foi formulado por seis instituições de Justiça, incluindo o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública. A decisão foi divulgada recentemente, e o juiz Vinicius Cobucci, responsável pelo despacho, considerou a possibilidade de sérios prejuízos aos atingidos caso os valores não fossem repassados. A Fundação Renova, entidade criada após o acordo para reparação dos danos, deve realizar os pagamentos às assessorias técnicas.
Desde o rompimento da barragem em Mariana, diversas cidades mineiras e capixabas ao longo da Bacia do Rio Doce foram impactadas. O envolvimento do MPF e do MPMG em apoiar as reivindicações dos atingidos resultou em novos acordos que garantiram o direito de selecionar entidades para atuar como assessorias técnicas independentes. Essas entidades devem ser compostas por profissionais de diversas áreas, visando auxiliar os atingidos na busca por seus direitos.
A dificuldade na formalização dos contratos e os entraves com a Fundação Renova e as mineradoras mostram a complexidade do processo de reparação. A realização de audiências e discussões na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ressaltam as barreiras enfrentadas pelas assessorias técnicas, mas também revelam avanços, como a autorização para coleta de dados e diagnósticos.
No entanto, as divergências entre as partes envolvidas ainda persistem, especialmente em relação aos valores oferecidos pelas mineradoras. A busca por um consenso para solucionar os mais de 80 mil processos judiciais acumulados é um desafio constante. Apesar dos avanços, a reparação completa e justa dos danos causados pelo rompimento da barragem ainda está longe de ser alcançada.