JUSTIÇA – Julgamento que pode levar ex-presidente Collor à prisão é adiado novamente devido a pedido de vista de ministro do STF



Na última sexta-feira (7), um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou mais uma vez o julgamento que pode levar o ex-presidente Fernando Collor à prisão. Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato no ano passado. O julgamento de um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente começou em fevereiro e foi interrompido por uma vista de Dias Toffoli.

O recurso em questão é do tipo embargos de declaração, que não deveria reverter a condenação, mas sim esclarecer eventuais obscuridades e contradições da sentença. Esta é a terceira vez que a defesa de Collor apresenta esse tipo de recurso, o que tem adiado o cumprimento da pena, já que a sentença só pode ser executada após o trânsito em julgado.

Toffoli apresentou um voto-vista propondo a redução da pena de Collor em seis meses para refletir a média entre os votos dos ministros. No entanto, a decisão de seguir ou não essa indicação ficou pendente devido ao pedido de vista de Mendes, que terá 90 dias para devolver o processo. Até o momento, ministros como Moraes e Fachin votaram no sentido de rejeitar os embargos de declaração e determinar a prisão de Collor.

Collor foi condenado pelo recebimento de R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014. As penas somadas pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro totalizam 8 anos e 10 meses, enquanto uma terceira acusação de associação criminosa foi considerada prescrita devido à idade do ex-presidente.

Além de Collor, dois ex-assessores também foram condenados, mas têm a possibilidade de substituir as penas por prestação de serviços à comunidade. O desfecho desse caso aguarda a devolução do processo por Gilmar Mendes e a decisão final do STF.

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