JUSTIÇA – Julgamento de Jair Bolsonaro e aliados por trama golpista se aproxima; prazos finais para alegações terminam na próxima quarta-feira. Expectativa é por condenação em setembro.

As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais seis de seus aliados têm um prazo crucial até a próxima quarta-feira, 13 de setembro, para apresentar as alegações finais no processo que investiga uma suposta trama golpista. Este é o momento decisivo para os advogados, que têm 15 dias para protocolar suas manifestações antes do julgamento, que poderá resultar em condenação ou absolvição dos réus.

As alegações finais são de extrema importância, pois representam a última oportunidade dos acusados de se defenderem antes da análise do caso pelo Supreme Tribunal Federal (STF). Após essa etapa, é esperado que o ministro Alexandre de Moraes, que preside o caso, autorize a continuidade do processo, liberando-o para o julgamento da ação penal que abrange os principais acusados da denúncia.

A expectativa é que o julgamento tenha início no mês de setembro, e que a decisão siga para o presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, que ficará responsável por agendar a data específica para essa análise. O grupo de ministros que integrará a turma é composto por nomes importantes, como Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux, além de Moraes e Zanin.

Os envolvidos enfrentam sérias acusações, que incluem organização criminosa armada, tentativas de abolição violenta do Estado democrático de direito, conspiração para golpe de Estado, danos qualificados e deterioração de patrimônio cultural. Caso sejam condenados, as penas poderão ultrapassar 30 anos de reclusão.

Ademais, vale ressaltar que a eventual prisão dos réus não será imediata, pois a detenção só poderá acontecer após o julgamento dos recursos que poderão ser apresentados defensivamente. Se condenados, é importante destacar que os réus, muitos dos quais têm vínculos com as forças armadas, não devem ser encarcerados em presídios comuns, devido a disposições do Código de Processo Penal. Isso se aplica especialmente a militares do Exército e da Marinha, que podem ter direito a um tratamento diferenciado na administração de seu cumprimento de pena.

Os acusados incluem figuras proeminentes como: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; e outros altos oficiais e delegados. Notavelmente, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, colaborou com as investigações e, em razão de sua delação, não enfrentará pena de prisão. O desdobramento deste caso promete impactar significativamente a política brasileira em um momento de profundas divisões e incertezas.

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