A sessão do IV Tribunal do Júri contará com a atuação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, que buscará a condenação máxima para os réus, podendo chegar a 84 anos de prisão.
Após um ano de investigação, Lessa e Queiroz foram presos na Operação Lume, em março de 2019. O julgamento terá a participação de 21 jurados selecionados da sociedade, sendo que sete serão sorteados para compor o júri popular.
Durante os dias de julgamento, os jurados ficarão incomunicáveis e alojados em dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O Ministério Público planeja ouvir sete testemunhas, incluindo a jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado, e familiares das vítimas, bem como dois policiais civis.
O processo que resultou na prisão dos acusados possui 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos. Ronnie Lessa está detido no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, enquanto Élcio Queiroz está no Complexo da Papuda, em Brasília. Ambos serão ouvidos por videoconferência durante o julgamento.
Esse caso chocou o país e gerou grande comoção, sendo considerado um dos mais emblemáticos da história recente do Brasil. A expectativa é de que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam devidamente punidos pelos crimes cometidos.